"(...) Sabemos tantas coisas e depois não sabemos responder às perguntas mais simples. Onde, porquê e para quê. É este o absurdo dos estranhos dias que vivemos. É dele que somos feitos, não tenhas medo. O que sentes agora? Confusão. Porque não te deitas no chão ao meu lado e paras de andar de um lado para o outro como se algo de invisível te perseguisse? O invisível és tu. És tu que te persegues, Simão. Porque não sossegas? Porque continuo confuso. Cada vez mais confuso. E tu, Sofia?(...)"
"(...) A falta não é uma insuficiência, um defeito a que estaríamos condenados. A falta é o que nos faz continuar. E o mais importante é aprender, o mais lindo. E a ignorância é a condição de aprender. Não saber e querer saber. É a minha contradição, o que completa o meu destino.Estamos sempre acordados a sonhar. Só de mistura com o sonho, com a esperança ou a desesperança, vivemos. Precisamos de juntar o que é, com o que não é. Estamos sempre a ficcionar. Só assim a vida pode ser vivida.O olhar o espelho e ficar a perguntar quem seremos. É estranho ver uma silhueta, uma mão que se agarra á nossa cabeça, uma boca a sorrir. É bem mais difícil conhecermo-nos do que conquistar um abrigo inimigo.Procura o que tens em ti mesmo sabendo que nunca vais encontrar tudo.Simplesmente adormecer, por vezes é tão difícil. Quando a lucidez se torna insuportável, quando a realidade me arrasa, quando o tempo bate devagar muito devagar à cadência ensurdecedora dos segundos. Porque o tempo, esse, nunca se cansa(...)"
in OS CORAÇÕES TAMBÉM SE GASTAM, CASA COMIGO EM AGOSTO, Pedro Paixão
Andas a ouvir o meu maestro preferido!!=)
ResponderEliminarFico feliz de ver que posso mostrar estas deliciosas maravilhas e que a paixão nos outros, por elas, também nasce.
Os corações também se gastam, é certo, mas não para todas as pessoas!
=)